terça-feira, 14 de agosto de 2012


 JOÃO 3.16

Na cidade de São Paulo, numa noite fria e escura de inverno, um garotinho vendia balas para conseguir alguns trocados. Mas o frio estava tão intenso que as pessoas já não paravam mais quando ele oferecia-lhes suas balas. Não conseguindo vender mais nada, ele sentou na escada em frente a uma loja observando o movimento das pessoas. Sem que ele percebesse, um policial se aproximou.
- Está perdido, filho?
O garoto balançou a cabeça, fazendo sinal negativo.
- Só estou pensando onde vou passar a noite. Normalmente durmo em minha caixa de papelão, perto do correio, mas hoje o frio está terrível. O senhor sabe me dizer se há algum lugar onde eu possa passar esta noite? O policial observou-o por alguns instantes e coçou a cabeça, pensativo.
- Se você descer por esta rua, lá em baixo vai encontrar um casarão branco. Chegando lá, bata na porta e, quando atenderem, apenas diga “João 3, 16”.
Assim fez o garoto. Desceu a rua estreita e quando chegou em frente ao casarão branco, subiu os degraus da escada e bateu na porta. Quem atendeu foi uma mulher idosa, de feição bondosa.
- João 3,16. - disse ele, sem entender direito.
- Entre, meu filho. - A voz era meiga e agradável.
Assim que ele entrou, foi conduzido por ela até a cozinha onde havia uma cadeira de balanço antiga, bem ao lado de um velho fogão de lenha aceso.
- Sente-se, filho, e espere um instantinho, tá?
O garoto se sentou e, enquanto observava a bondosa mulher se afastar, pensou consigo mesmo: 
“João 3,16... Eu não entendo o que isso significa, mas sei que aquece a um garoto com frio”. 
Pouco tempo depois a mulher voltou.
- Você está com fome? - Perguntou ela.
- Estou um pouquinho, sim. Há dois dias que não como nada...
A mulher então o levou até a sala de jantar. Rapidamente o garoto sentou-se à mesa e começou a comer até não agüentar mais.
Então ele pensou consigo mesmo: “João 3,16...
Eu não entendo o que isso significa, mas sei que mata a fome de um garoto faminto”. 
 Depois a bondosa senhora o levou ao andar superior, onde se encontrava um quartinho com uma banheira cheia de água quente. Tomou um belo banho, como há muito tempo não fazia.
Enquanto passava o sabonete pelo corpo pensou consigo mesmo: “João 3,16...
Eu não entendo o que isso significa, mas sei que torna limpo um garoto que há muito tempo estava sujo”. 
Cerca de meia hora depois, a mulher voltou e levou o garoto até um quarto onde havia uma cama de madeira, antiga, mas grande e confortável. Ela o abraçou, deu-lhe um beijo na testa e, após deitá-lo na cama, desligou a luz e saiu. Ele se virou para o canto e ficou imóvel, observando a garoa que caía do outro lado do vidro da janela.
E ali, confortável como nunca, ele pensou consigo mesmo: 
“João 3,16...Eu não entendo o que isso significa mas sei que dá repouso a um garoto cansado”. 
No outro dia, a senhora preparou o café da manhã. Quando o garoto terminou de comer, ela o levou até a cadeira de balanço, próximo ao fogão de lenha.
Depois seguiu até uma prateleira e apanhou um livro grande, de capa escura. Era uma Bíblia. Ela voltou, sentou-se numa outra cadeira, próxima ao garoto e olhou dentro dos olhos dele, de maneira doce e amigável.
- Você entende João 3,16, filho?
- Não, senhora... eu não entendo... A primeira vez que ouvi isso foi ontem à noite... foi um policial que falou...
Ela concordou com a cabeça, abriu a Bíblia em João 3,16 e começou a explicar sobre Jesus.
E, enquanto lágrimas de felicidade deixavam seus olhos e rolavam face abaixo, ele pensou consigo mesmo: “João 3,16... ainda não entendo muito bem o que isso significa, mas agora sei que isso faz um garoto perdido se sentir realmente feliz. Isso faz a vida valer a pena!!!”
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu filho para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3,16).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.